Chimpanzé Jimmy - Foto: Wilton Júnior/AE
Caso você já tenha lido a versão curta, e não quiser relê-la, vá para o FATOR 1 deste texto.
Considero uma enorme ousadia falar sobre este tema sem correr
o risco de ser excessivamente superficial.
Para investigar esse assunto complexo, reuni material e
comprei uma publicação em 3 pesados volumes de comentários de Santo Agostinho[1],
mas essa publicação ainda faz parte de minha “antibiblioteca”[2].
Começo com duas perguntas:
1)
Haveria
uma relação inescapável entre o que faz um espírito encarnado e sua responsabilidade
nas suas escolhas?
2)
Essas
escolhas trarão consequências nesta como em futuras existências?
À primeira vista, as respostas seriam sim. Este é o consenso.
Entretanto, ao analisarmos as condições a que o espírito se
submete ao encarnar – e estamos falando do planeta Terra – acredito existirem
fatores que podem alterar substancialmente o grau de responsabilidade de suas
ações.
Para analisarmos com equidade essa gradação da
responsabilidade nas ações do espírito encarnado, e para não cair num relativismo[3]
que tudo desculpa, temos de avaliar os fatores que podem alterar o grau de sua
responsabilidade.
Tentarei investigar os fatores que influenciam na decisão do
espírito encarnado, sem a pretensão de esgotá-los, porque os abordarei de forma
superficial.
Com o que tenho em mente, posso arriscar afirmando que, muitas
vezes, erramos em nossas avaliações sobre a “justiça divina”.
Abro parênteses:
Falando em “justiça divina”, vale lembrar a advertência feita
pelo Cristo àqueles que o ouviam:
Porque vos digo que, se a vossa
justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no
Reino dos Céus.
Mateus, 5:20 (destaque meu)
O que seria essa justiça a que Jesus alude e que excede as
normas dos escribas e fariseus? Seria uma forma ainda desconhecida pelos
contemporâneos de Jesus e por nós até hoje?
O que fica claro, aliás bem claro, no texto é que o chamado
“Reino dos Céus” é uma instância na qual só “entra” aquele que souber aplicar
uma forma de justiça muito diferente da norma jurídica comum representada na
conduta dos escribas e fariseus os quais tinham por incumbência exatamente a
observância das leis.
Fecho parênteses.
Conforme relatos dos espíritos, a sensação que o espírito tem
ao encarnar é de aprisionamento, de constrição, de redução de consciência, como
se estivesse entrando num funil. Esse funil deveria inverter sua posição
onde sua parte mais estreita seria próxima do nascimento e seu alargamento
máximo aproximando-se da morte. Vale lembrar um ditado judaico que diz: o homem
nasce com as mãos fechadas, e morre com as mãos abertas.
Na prática, não é assim que funciona por ene motivos. Agora,
vamos à lista de fatores que considero relevantes no uso do livre-arbítrio:
FATOR 1 = SÓCIO-ECONÔMICO
Dependendo do ambiente político e social em que encarna, o
espírito terá enorme dificuldade em desenvolver seus talentos e habilidades.
Quantos Beethovens, Newtons e grandes gênios da arte, da filosofia e da Ciência
estão vivendo em favelas e em países onde não há a mínima chance de
desenvolverem suas potencialidades?
Essas condições não são dadas por Deus como querem alguns
crentes. Elas são dadas por uma sociedade injusta, desigual, ou seja, pela ação
humana.
FATOR 2 = ORGÂNICO-EMOCIONAL
O trabalho de Donald Winnicott[4]
é de grande importância na investigação do desenvolvimento da criança e sua
relação com os pais ou tutores.
Também Maslow[5] propõe a ideia de uma pirâmide onde apresenta as condições necessárias para o desenvolvimento
e amadurecimento saudável de um ser humano. Na base dessa pirâmide estão as
necessidades básicas como: alimentação, água potável, ambiente livre de poluição
etc., para que se possa atingir outros níveis da pirâmide não menos
importantes. Caso isso não ocorra, a fase adulta será prejudicada em todos os
aspectos.
FATOR 3 = REGIME POLÍTICO
Um fator que determina mais ou menos liberdade de ação para o
espírito encarnado é o regime político em que ele nasce. Se for num regime
democrático ele terá oportunidade de se expressar e atender suas demandas de
forma mais plena. Caso seja um regime não democrático – iliberal, ditatorial,
independente da corrente ideológica que esteja no poder, o espírito terá muita
dificuldade em agir com liberdade plena, ameaçado que estará a sanções pesadas
indo até à tortura e pena de morte. Isso vale, também, para teocracias.
FATOR 4 = EDUCAÇÃO
Sabe-se que uma criança que nasce e cresce num ambiente o
mais harmônico possível; com estímulos positivos; em que haja o respeito pelas
suas limitações; que seu espírito seja alimentado com noções de justiça e
solidariedade; ambiente estimulante às artes, às ciências; em que sente que
foi desejada, ela terá grande chance de desenvolver suas potencialidades. O
contrário também é verdadeiro. Vemos isso com os animais domésticos. Animais
tratados com amor e atenção serão muito mais propensos à sociabilidade e ao
convívio mais tranquilo com os outros.
FATOR 5 = AMBIENTE FAMILIAR
Caso a família cultive uma religiosidade aberta e ecológica – algo diferente de religiões fechadas e dogmáticas, que conviva bem com outras visões de mundo, não importando se é religiosa; não-religiosa; ateia; agnóstica, o espírito encarnado conviverá livremente, com boa chance de desenvolver uma visão crítica, imune a preconceitos carcomidos e visões de mundo que flertam com ideais totalitários e excludentes.. Do mesmo modo, quanto às convicções políticas e papeis sociais que representam.
Sei que esse ideal é utópico. Melhor assim do que ser
distópico.[6]
FATOR 6 = DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO
Fator grandemente ligado ao fator anterior. Segundo a Psicanálise, de partida, carregamos um sentimento difuso de falta, de carência que nos acompanha por toda a vida. Se o ambiente onde a criança está entregue não cuidar bem dela; se os pais ou responsáveis não forem suficientemente bons como diria Winnicott, os problemas se potencializam, recalcam e podem surgir na fase adulta das maneiras mais sombrias e imprevisíveis.
Freud acreditava que o
Inconsciente – esse repositório de experiências passadas, determina frequentemente
o nosso comportamento a ponto de afirmar: o eu não é senhor em sua
própria casa.
FATOR 7 = NATUREZA HUMANA
Estudos indicam que manifestações altruísticas representam
verdadeiro milagre na humanidade. São raros os casos em que assistimos alguém
ser capaz de contrariar os próprios interesses em benefício de outros. Freud,
grande conhecedor da alma humana, em correspondência trocada com Albert
Einstein dizia: a pergunta não é por que da guerra, mas por que tão poucas?!
FATOR 8 = IDEOLOGIAS
Eu utilizo aqui o termo “ideologia” em sua forma negativa,
isto é, sob a ótica marxista que é mais ou menos assim: ideologia é um modo de
alienar as pessoas da realidade que as cerca por um grupo dominante.
IDEOLOGIA RELIGIOSA
A religião pode fazer parte do campo ideológico quando tem
por tarefa converter todos à mesma visão de mundo (acho redundante dizer isso,
porque, no fundo, o sonho de todo religioso é a conversão uniforme e coesa com
suas crenças de toda a humanidade); e quando isso não ocorre, a eliminação
radical dos não convertidos é o passo seguinte. Senão de fato, essa exclusão
segue a tentativa messiânica de conversão ad aeternum[7].
Portanto, a Religião poderá ser uma poderosa ferramenta de libertação pelo seu
viés positivo, como pode ser de aprisionamento quando tem por fim eliminar os
inimigos daquela determinada corrente religiosa. Neste caso, é um mecanismo paradoxal
de sofrimento, guerra e morte.
A coisa funciona mais ou menos assim: eu renuncio à minha
liberdade e me submeto a alguém cheio de capital simbólico supostamente
superior; de autoridade político-moral para me dizer o que eu devo ou não
fazer.[8]
Por isso, a religião além do papel norteador – o de conferir
sentido à vida, também tem o papel controlador das pulsões, do prazer
condenando o infeliz que o procura ao inferno e às penas eternas, que no
imaginário espiritista-evangélico-cristão, portanto moralista, configura-se na variável
não menos infernal das existências punitivas, expiatórias e que põem uma
espécie de cabresto psicológico com o qual o pecador é mantido sob vigilância e controle.
Neste pacote, é comum encontramos o controle psicológico das
massas que se mantém dóceis pelo medo das promessas de castigo e degredo
planetário.
IDEOLOGIA NACIONALISTA
Da mesma maneira que a ideologia religiosa negativa, o
nacionalismo na sua face xenofóbica quer eliminar todos os que são
“estrangeiros”. Esse tipo de ideologia é poderoso fomentador de discórdia, conflito e morte. Sumamente alienador, esse ideal se opõe à constatação de que as
nações não existem naturalmente; as fronteiras são criações humanas e que
estudos genéticos têm mostrado nossa origem comum. O nacionalismo em suas
formas mais extremas cria o sentimento de pertencimento a uma tribo com a
utilização, em massa, de símbolos, bandeiras, uniformes, hinos e gestos. Seu
poder está exatamente nesse detalhe: o de preencher a falta que trazemos desde
sempre. O alívio desse “preenchimento” psicológico e até material tem um preço
alto: o da liberdade. O indivíduo passa a viver pela pátria e não com a pátria.
Na sua miséria existencial sente-se importante ao fazer parte daquele grupo que
o aceita. Do ponto de vista sociológico é um desastre.
FATOR 9 = BIOLÓGICO
Os mecanismos que mantêm a vida são naturais, portanto não
dependem da vontade de ninguém para funcionarem[9].
Alguns exemplos: A temperatura do corpo;
a digestão; a produção e distribuição de hormônios; a troca gasosa na corrente
sanguínea etc.
Numa situação-limite em que um indivíduo decide desafiar o
corpo com uma greve de fome, o metabolismo, à sua revelia – porque ele poderá
parar de se alimentar, mas não de respirar - reagirá queimando calorias até o
limite dos músculos e provocando sua morte. No fim o corpo vence.
FATOR 10 – GENÉTICO
Não é preciso ir muito longe para saber que fatores genéticos
interferem no comportamento.
Sendo atávica[10],
essa estrutura do bicho-homem, faz com que, quase sempre, a vontade seja muito
fraca diante de fatores hereditários. Alguém já disse: somos intrinsecamente
egoístas. Não se trata de apontar um defeito moral como querem alguns
moralistas, mas de uma estrutura construída pela evolução biológica ao longo de
bilhões de anos. Darwin[11]
concluiu que a luta pela sobrevivência é uma constante na vida dos organismos.
Só para dar um exemplo, a Epigenética uma área da
Neurociência que tem feito avanços na descoberta de certos comportamentos e
manifestações físicas (fenótipos) herdados pelos ascendentes de até 2 gerações
anteriores sem o concurso de carga genética. Casos assim foram estudados em
camundongos e que estão relacionados à obesidade, por exemplo.
FATOR 11 = NEURAL
Há estudos importantes que apontam que a maioria de nossas
decisões estão relacionadas com o funcionamento de algoritmos orgânicos como se
fôssemos máquinas de café as quais sinalizam necessidades, preparam as
condições para satisfazê-las e põem para funcionar todo o organismo para
atingir o fim desejado, sem o concurso de nossa vontade. Os chamados
neurotransmissores são responsáveis por grande parte dessa tarefa. A falta ou
excesso desses neurotransmissores[12]
causam tristeza, alegria, entusiasmo ou apatia, podem induzir ao crime e outros
tantos prejuízos na vida de relação.
A Neurocriminologia é uma área da Neurociência tem produzido pesquisas no campo do comportamento criminoso relacionado com a fisiologia
neural em associação com problemas de ordem física do cérebro. Área que já
possui muitos trabalhos – metadados – nos quais mostram presença de padrões em
psicopatas, pedófilos e drogadictos.
Alguns pesquisadores como Adrian Raine acreditam que uma
parte desses criminosos cometem crimes não por fatores morais, mas por terem
alguma disfunção neural séria. Raine estuda e defende ser possível reverter
alguns quadros, por meio da combinação de técnicas, fármacos e educação quando
detectados na infância.
FATOR 12 = AUTOENGANO
O mecanismo de produzir prazer imediato com pouco
investimento. Dietas que não exigem muito empenho; procrastinação: muitas vezes
mecanismo indutor de prazer; insistência em manter relações tóxicas;
pós-verdade: aceitação imediata de uma informação duvidosa, porque está
alinhada com crenças pessoais. Todas essas formas de autoengano que, ao longo
do tempo, podem causar grandes prejuízos à saúde física, mental e nas relações
interpessoais.
FATOR 13 = REDES SOCIAIS
Em grande medida, o uso de redes sociais tornou-se um vício;
uma forma de fuga da realidade quase sempre desagradável. Busca de notícias
desastrosas e distantes (teoria do sentimento reverso) como forma de tirar do
foco a desgraceira da própria vida. O sentimento reverso funciona assim: quanto
mais distante for alguma tragédia, tanto mais prazer é produzido por essa
distância.. Esse comportamento funciona como o passarinho solto que busca a
proteção da gaiola
FATOR 14 = ASSÉDIO ESPIRITUAL
O Espiritismo trabalha com duas realidades paralelas que se
relacionam constantemente para o bem ou para o mal. A pergunta de Kardec aos
espíritos é bastante esclarecedora, admitindo-se o assédio dos espíritos:
Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas
ações? — pergunta
Kardec.
Nesse sentido a sua
influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que
vos dirigem. Respondem os espíritos.
O Livro dos espíritos, Allan Kardec, pergunta 459.
Em outro livro, Kardec reafirmará:
(...)quando
ciência tiver saído da senda materialista, reconhecerá na ação do mundo
invisível que nos cerca, e no meio no qual vivemos, um poder que reage sobre as
coisas físicas, assim como sobre as morais; será um novo caminho aberto ao
progresso e a chave de grande número de fenômenos até hoje mal compreendidos. (destaque meu)
O
que é o Espiritismo? Capítulo II
FATOR 15 – TEMPO
Com algumas exceções, ao encarnar, o espírito passa por um
processo de adaptação onde suas faculdades ficam, por algum tempo, embotadas.
Devido aos cuidados que todo ser humano precisa para chegar à
idade adulta e em condições normais, ele terá de se submeter as regras impostas
pelos seus tutores até atingir um nível de maturidade suficiente. Muitos anos
são consumidos nesse processo.
Quando chega a fase onde terá de trabalhar e sustentar-se, o
seu tempo será dividido em 3 partes: o de dormir; o de trabalhar; o dedicado à
família, aos amigos, ao estudo e ao lazer.
Portanto, numa conta rápida, pode-se afirmar que, na melhor das hipóteses, o tempo que
ele terá para tomar decisões será de 1/3 de cada dia. Lembrando que os outros
2/3 ele não terá toda a liberdade para agir.
Então, a vida de um encarnado, de novo, em condições normais
será pontuada pela limitação de mais ou menos 8 horas para decidir o que fazer
e como fazer. Acho relevante esse fator, também.
Neste passo, alguém me pergunta:
Afinal, o que sobra?
Numa visão otimista, 1% de nossas escolhas e decisões serão
colocadas sob nossa exclusiva responsabilidade.
E o que fazer?
Para aproveitar bem a atual existência, otimizar essa fresta
de liberdade a qual chegamos pelo elenco de fatores acima relacionado. Em
outras palavras, seria aproveitar 100% desse 1%.
Mas atenção! Sem a compulsão de um investidor de mercado,
porém de forma tranquila e amando com Amor fati as próprias limitações e
possibilidades. Afinal temos infinitas oportunidades pela via das
reencarnações.
E como ficam as expiações de vidas passadas tão faladas em
romances e livros doutrinários que impõem uma responsabilidade integral às
nossas ações?
Excelente pergunta! Isso é o que veremos quando discutirmos a
reencarnação sob uma ótica um pouco mais ampliada.
Poxa, sinto como se fosse um coito interrompido!
Calma, prometo que na próxima postagem fecharei o meu
argumento; esse texto já está muito longo.
Enquanto isso, medite sobre a ferida narcísica aberta depois
de saber que você pode ser um quase autômato neste mundo e que diante do buraco
aberto na alma por conta dessa constatação, você sente como se...
A vida é só uma sombra: um mau ator
Que grita e se debate pelo palco,
Depois é esquecido; é uma história
Que conta o idiota, toda som e fúria,
Sem querer dizer nada[13].
Difícil? Quem disse que seria fácil?
[1]
Santo Agostinho
vai discutir esse assunto até o fim da vida com Pelágio e os pelagianos que se
opunham ao conceito de “livre-arbítrio concebido pelo bispo de Hipona. Sou
muito simpático à visão de Pelágio que, por sinal, foi considerado herege e
praticamente apagado da história do Cristianismo.
[2]
Antibiblioteca é um termo cunhado por
Nassim Taleb ao se referir à biblioteca de Umberto Eco que possuía mais de 30
mil volumes. A parcela não lida dessa biblioteca seria a antibiblioteca. (Taleb,
Nassim. A lógica do cisne negro).
[3]
Relativismo é um conceito no qual
os pontos de vista não possuem um valor absoluto, uma verdade absoluta. Era
muito usado por uma classe de pensadores na Antiga Grécia chamados sofistas.
Vale salientar que os sofistas trouxeram grande contribuição aos debates
naquela época longínqua. Uso o termo numa linguagem comum na qual o relativista tem desculpa para tudo.
[4]Seria interessante, a quem interessar, a leitura da obra de Winnicott, especialmente aquela que se presta à nossa proposta aqui: Processos de amadurecimento e ambiente facilitador: Estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional.
[5]
Abraham Harold
Maslow
foi um psicólogo americano, conhecido pela proposta de hierarquia de
necessidades e também motivação.
[6]
A Utopia
imagina um mundo perfeito, enquanto a distopia, um mundo caótico.
[7] Ad aeternum = para sempre;
eternamente.
[8]
Bessa
(2006) percebeu que a negação e a hipervalorização do corpo são duas
possibilidades de expressão do feminino nos contextos neopentecostais em que
está presente o movimento de batalha espiritual. Assim, o feminino fica preso
na identidade masoquista (negação da sexualidade e postura submissa) ou
histérica (onde a rebelião é condenada e vira objeto de exorcismo).
Com tudo isso em vista,
percebe-se que os processos de aquisição de crenças religiosas interferem tanto
na autoimagem do fiel quanto na percepção que ele tem do mundo e dos eventos
que o envolvem, influenciando, portanto, sua personalidade.
www.pucsp.br/rever/rv4_2009/t_henning.pdf
95 Revista de Estudos da Religião dezembro / 2009 / pp. 84-114 ISSN 1677-1222
[9]
Chama-se
homeostase o conjunto de mecanismos com os quais o organismo se mantem em
equilíbrio.
[10]
Atavismo: hereditariedade
biológica de características psicológicas, intelectuais, comportamentais.
[11]
Charles Darwin:
foi um
biólogo, naturalista britânico. Tornou-se célebre com sua teoria da evolução
biológica posta no livro de sua autoria A origem das espécies onde
utiliza o termo “Struggle for life” = luta pela vida ou sobrevivência. No
século XIX – século em que viveu, foi severamente criticado por ter colocado em
xeque o criacionismo bíblico. Apesar de, até hoje, as pesquisas terem
confirmado a ideia central de sua teoria, é espantoso que, em pleno século XXI,
ainda tem gente combatendo-a com argumentos criacionistas..
[12] Exemplos de alguns
importantes neurotransmissores: dopamina; serotonina; ocitocina. Alguns são
excitatórios; outros, inibitórios. Estudos mostram que todos eles tem papel
importante no comportamento.
[13]
Macbeth peça de Shakespeare.
Barbara Heliodora. Shakespeare – o que as peças contam.. Edições de
Janeiro.
Interessantes apontamentos e surpreendentes relações entre os fatores elencados. Preciso reler outras vezes, pois duas não foram o suficiente para absorver o todo.
ResponderExcluirO caminho é longo e complexo de se tornar um ser autônomo espiritual e moral.
Se o percurso é do átomo ao arcanjo, e levaram-se milênios para o espírito (princípio inteligente) tornar-se Espírito (ser humano consciente de si) arrisco dizer que ainda estamos experienciando, por tentativas e acertos, as melhores escolhas.
Os fatores sócio econômico, orgânico emocional, regime político, educação, ambiente familiar, desenvolvimento psíquico, natureza humana, ideologias - religiosa, nacionalista - biológico, genético, neural, autoengano, redes sociais, assédio espiritual e tempo são elaborações existentes pelos próprios habitantes nesse orbe educativo.
Logo, são temporais. Contingentes. Transitórios. E é o que temos para hoje. (como se fôssemos máquina de café!!!! rsrsrs)
O que nos aguarda?
Vivenciar o desapego, sair da zona de conforto das opiniões. E manifestar a nossa natureza, apesar de ainda estar mesclada de sombra e luz.
A vida é o que dela fazemos. Cada qual com seu próprio script.
E essas suas narrativas compartilhadas têm promovido significativas aberturas conscienciais. Vida longa a ti, caro literato!!