Há inúmeros artigos, livros e debates sobre meio ambiente
neste momento.
Sobre esse tema, antropólogos, psicólogos, geógrafos,
políticos, filósofos, médicos e até religiosos se debruçam em intermináveis
discussões.
Já temos tecnologia para detectar sinais do que acontece na
Biosfera – soma de todos os ecossistemas – e as razões que trouxeram ao debate
a ameaça que os seres vivos sofrem como a chamada mudança climática.
Um grupo grande de pesquisadores declara que é inquestionável
a ação antropogênica nesse processo gradual de degradação do meio ambiente.
Outro, bem menos numeroso, defende que essa mudança se dá naturalmente como no
caso da Era Glacial, por exemplo.
Outro grupo – esse intermediário - defende que
independentemente das mudanças provocadas pela Natureza, o problema está na
diferença de tempo dessa mudança entre a que ocorre naturalmente e aquela provocada
pelo homem – que acelera, e muito, essa mudança pela emissão de gases-estufa,
desmatamento indiscriminado, extinção de espécies importantes da cadeia
alimentar de diversos ecossistemas, poluição dos mares e uma, não menos grave:
o uso da água para fins industriais.
Iniciativas não faltam que buscam soluções para esse enorme
impasse. Algumas delas já postas em prática como a mudança de matriz energética
– área que promete grandes contribuições não só de ordem geológica, como de
ordem comportamental.
Contudo, muitas dessas iniciativas ainda são muito caras –
caso da produção de carne sintética, da geração de energia eólica e
dessalinização da água do mar. Saliente-se que este último tem problemas com o
descarte da água salobra que sobra no processo.
No bojo dessa ameaça, dois componentes se destacam:
Um, de ordem comportamental. Vivemos como sapos no
banho-maria.
Outro, de ordem político-econômica: a face do capitalismo
predatório do qual muita gente critica, mas ninguém quer abrir mão de seu iphone
de última geração. Portanto, não há uma saída no horizonte por conta do fator comportamental.
Enquanto isso, vamos vivendo na matrix, sem estancar a sangria,
esperando a transição planetária para pôr ordem no terreiro, dizem alguns.
Tem gente que acredita nessa hipótese: interferência de espíritos
superiores ou da chegada de extraterrestres carregando em seu portfólio
certificação ISO para administração de mundos problemáticos.
No primeiro caso, é problemática essa crença, porque é
intuitivo que “espíritos superiores” não interferem em coisa alguma. Se
interferirem já não serão “superiores”. Para esses espíritos a coisa só
funciona de dentro para fora e não de fora para dentro; a não ser para pessoas autoritárias.
No segundo caso, também difícil, porque esses ETs, se
existentes, deveriam saber que só processos graduais e de longo prazo são
capazes de gerar mudanças efetivas. De novo, toda vez que um grupo – no caso, a
esdrúxula hipótese de ser extraterrestre - quiser impor sua visão de mundo a um
grupo maior – no caso a humanidade inteira – isso seria o ovo da serpente devidamente
chocado. O inferno está cheio de “boas” intenções.
Por último, slogans nos quais se inscrevem palavras de ordem
do tipo “salvem o planeta”, ou são ingênuos, ou é canalhice mesmo. Porque no
fundo, bem lá no fundo, caso venhamos a desaparecer por conta de bombas
nucleares, por extinção provocada por bilhões e bilhões de toneladas de toxinas
lançadas no ar, terra e mar, o planeta vai continuar girando em torno do Sol na
imensidão do Universo indiferente como sempre. Portanto, temos de nos salvar de
nós mesmos e não ter a presunção de salvar o planeta como dizem idiotas pseudoambientalistas.
A pergunta é: teremos tempo suficiente para diminuir essa
aceleração e evitar a dita transição planetária que tantos espiritualistas
chegam ao orgasmo pensando na ideia de expulsão dos maus daqui para um “mundo
inferior” e que, claro, eles se excluem do grupo de degredados; ou a
humanidade inteira seja de esquerda, direita, de centro, ateus, católicos,
protestantes, budistas e niilistas, nudistas ou moralistas, daqui a algum
tempo, fritarão nessa chapa quente que nos espera?
Difícil? Quem disse que seria fácil?
Humberto, mais uma bela contribuição. Fico me perguntando: será que existem mesmo espíritos superiores para além dos que conhecemos? Quem é o juiz competente para avaliar quem são os espíritos inferiores? Só perguntas!!
ResponderExcluirCaro Humberto,
ResponderExcluirRi diante desta troça:
"(...) chegada de extraterrestres carregando em seu portfólio certificação ISO para administração de mundos problemáticos."
Muito boa!! :D
Gaia, geradora de água, ar, terra, fogo, fauna e flora. Entretanto, o ser que dela depende, insano, destrói a natureza visível.
Podia ser bem mais rápido o despertar de consciências.
Possamos inspirar,
respirar
e não pirar.