Janeiro/2019
Ao pôr mais liberdade no
individuo, a Doutrina Espírita provoca certo bem-estar no principiante que vem
de doutrinas fechadas com regras rígidas, dogmas e com a presença de um líder
espiritual. Não que isto não tenha benefícios, sabemos que tem.
O contato com a doutrina espírita, como aconteceu comigo na adolescência, foi como uma lufada de ar fresco numa existência pautada por artigos e decretos pétreos, sem vida, sem espírito com peso enorme de culpa e remorso difusos.
A pergunta é: há nesse indivíduo
a noção de perigo trazido por essa liberdade, acostumado a obedecer a
princípios e regras ditados pela doutrina que seguia anteriormente? Será ele capaz de gerir essa
liberdade?
Não encontro resposta pronta para
essas questões, porque envolvem muitas variáveis.
Por outro lado, a Doutrina
Espírita mostra-se aparentemente consoladora para aquele que aspira a uma boa
dose de liberdade. Porém, o outro lado da moeda não é muito agradável, porque
cobra uma enorme responsabilidade pessoal – agora não mais endossada por um
líder espiritual – diante de si e do mundo, mas da própria consciência.
Difícil? Quem disse que seria fácil?
Fica muito evidente que liberdade com responsabilidade é poderosamente mais eficaz a quem se propõe buscar a elevação espiritual, algo não muito presente em outras Doutrinas que não o Espiritismo.
ResponderExcluirAuri Malveira
Você tem razão. Devo salientar que no próprio Movimento Espírita há uma espécie de expectativa de "proteção do Alto", o que evidencia uma certa "terceirização" de responsabilidade - no caso do citado movimento, um pouco mais sofisticado, mas não deixa de pontuar a ideia de terceirização.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário. Abraço fraterno.
Consciência desperta para as responsabilidades do Espírito imortal gerindo nossa liberdade. É o que aprendi com a doutrina espírita.
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