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Mostrando postagens de dezembro, 2024

MALDITO RUÍDO SAGRADO

Para que tenhamos grande capacidade de percepção da realidade, temos de ouvir o badalar do sino como também o silêncio entre um badalar e outro. [1] Jiddu Krishnamurti ++++++++ Os modelos de calçados utilizados nos anos 40, 50 e 60 costumavam agredir os pés de mulheres que os utilizavam com frequência em festas, bailes e cerimônias formais. O ferimento mais comum localizava-se próximo ao calcanhar. É daí que surgiu uma solução caseira com a qual se alcançava um pouco de alívio, mas não resolvia completamente o problema: o uso do Band-Aid nos calcanhares. Por isso, o gênio de Aldir Blanc e João Bosco ter feito referência a essa solução na canção “Dois pra lá, dois pra cá” próprio do ritmo do bolero: Sentindo frio em minha alma Te convidei pra dançar A tua voz me acalmava São dois pra lá, dois pra cá [...] No dedo, um falso brilhante Brincos iguais ao colar E a ponta de um torturante Band-aid no calcanhar (caso queira ouvir a canção, segue link abaixo) https://www.youtube...

O NAVIO DE TESEU

Conta-se que Teseu, herói da mitologia grega, fundador de Atenas, após retornar da missão a qual foi designado – matar um monstro que possuía corpo humano e cabeça e calda de touro, deixou a embarcação que utilizara aportada em Delos – pequena ilha no sul do Mar Egeu. Para cultuar sua memória, o citado navio foi conservado e a madeira que o compunha, à medida que ia apodrecendo pela ação do tempo, era substituída por novo material, de tal modo que, depois de muito tempo, todas as madeiras do barco haviam sido trocadas. Então, criou-se uma discussão em torno do assunto: após todo o material que constituía o navio ter sido trocado, seria, ainda, o barco de Teseu, ou não? Uns diziam que sim, outros diziam que não. Desde Plutarco (46 d.C. a 120 d.C.), a questão já mexeu com a cabeça de muita gente ilustre. Tecnicamente, trata-se de um experimento mental e que se refere à perda ou não de identidade. [1] ++++++++++++++++ O barco de Teseu e a primeira leitura que fiz de O Livro dos Espírito...

A FORJA DA EXPERIÊNCIA

Diz o poeta em “Ilusões da Vida” Quem passou pela vida em branca nuvem E em plácido repouso adormeceu, Quem não sentiu o frio da desgraça, Quem passou pela vida e não sofreu, Foi espectro de homem, e não homem, Só passou pela vida, não viveu. Francisco Otaviano [1]  ++++++++++++ Há quem diga que é melhor chorar com dinheiro no bolso, do que chorar sem ele. Ironicamente, Nelson Rodrigues dizia que “dinheiro compra até amor verdadeiro ”. [2] É inegável que, para os padrões atuais, o dinheiro é fator de grande diferença na qualidade de vida de qualquer um, mas... Só dinheiro não basta para tornar alguém feliz. Sei, é um clichê dito por alguém que pode ser um invejoso e ressentido (alguém já disse que criticamos os ricos porque os invejamos ). Contudo, tenho certeza de que é algo facilmente constatado por grandes psicoterapeutas entre as paredes de seus consultórios de que a riqueza não traz, necessariamente, boa qualidade de vida interior. É óbvio que não est...

VIRTUDE NÃO É PARA FRACOS

Sim, as virtudes não são para fracos! A ação virtuosa exige um grande despojamento de si, e isso torna-se cada vez mais difícil para aqueles que, com suas mochilas existenciais cheias de narcisismo e insegurança, enfrentam um mercado cada vez mais competitivo e desumano.   Por exemplo, Pondé afirma que:   Eis uma das maiores tragédias do amor: ele não é garantia de uma vida feliz , tampouco amorosa. O conflito entre amor e razão é um clássico, por isso as fraquezas do amor diante de todas as causas para evitá-lo. Uma vida segura é uma vida sem paixões, apesar das mentiras que contam sobre isso. A contar pelo número de infelizes que caminham sobre a Terra, o amor sempre foi um recurso escasso e arriscado. Quem ama sempre sofre. A começar pelo perder a si mesmo, pelo descontrole dos procedimentos de sobrevivência, pela desistência de combater os fracassos .[1] (sic) (destaque meu). +++++++++++++++ Como há, para o amante, uma boa chance de sofrer e de não ter certeza ...